Nesta terça-feira o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia reunião para decidir sobre a possível elevação da taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 12% ao ano, conforme previsão da maioria dos economistas. Há também apostas em um aumento de até 1 ponto percentual. Caso confirmado, será o terceiro ajuste consecutivo desde setembro e o maior desde março de 2022.
Essa será a última reunião presidida por Roberto Campos Neto, que deixará o cargo no final de dezembro para a posse de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária. O cenário econômico, marcado pela alta do dólar e da inflação, pressiona o Banco Central a intensificar os ajustes na Selic para conter o consumo e os preços.
No Boletim Focus, a projeção para a Selic subiu para 12%, enquanto a estimativa para a inflação de 2024, medida pelo IPCA, aumentou para 4,84%, acima do teto da meta de 4,5%. Juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a atividade econômica, mas são fundamentais para controlar a inflação.